Partindo do pressuposto que a vida surge onde há condições propícias, definimos estas condições, para um planeta, em termos de temperatura, pressão, composição básica, radiação recebida da estrela próxima e estabilidade orbital, bem como certa antiguidade. Sistemas planetários em estrelas muito novas não podem ter vida, pois não houve, simplesmente, tempo para esta se desenvolver. Estrelas instáveis, como as variáveis e as eruptivas, são descartadas também, pois a emissão luminosa destas é muito variável, variando desde pouca emissão a brilhos intensos acompanhados por radiação ionizante letal.

As estrelas muito velhas também não servem, por serem frias, e, mais importante, na época de sua formaç&ão e, consequentemente, dos planetas à sua volta, não havia disponível carbono e silício suficientes, e a vida não poderia surgir, pois os outros elementos não formam cadeias complexas, quanto mais auto-reprodutivas, feito o DNA e as proteínas.

Até pouco tempo as estrelas múltiplas (que são maioria) eram descartadas, pois pensava-se que não poderiam haver planetas com órbitas estáveis à sua volta. Mas provou-se o contrário, e hoje são candidatas aceitas, desde que o centro de gravidade do conjunto estrelar esteja próximo ao centro da estrela principal.

Portanto, chegamos a um conjunto: para haver vida inteligente, devemos ter um planeta sólido, circundando uma estrela estável de classe espectral F, G ou K, dentro de uma distância parecida com a Terra-Sol para estrelas tamanho V e mais longe para tamanho IV. Assim, preenchemos os pré-requisitos para o surgimento da vida.

Atualmente, conhecem-se vários planetas extra-solares, como por exemplo, em Vega e em X-1 Cyg. Estes não são bons candidatos, pois são gigantes gasosos, semelhantes a Júpiter. Em Vega podem haver outros planetas com vida, mas os descobertos não. Em Cygnus X-1 não pode haver vida, pois este é um pulsar, uma estrela colapsada.

Por último, vemos como a melhor candidata a estrela Tau Ceti. Mas, estranhamente, nunca foi citada por nenhum UFOnauta como local de origem. Mas não espantaremos se a partir de agora for citada como sua estrela de origem...

Na tabela abaixo notamos algumas ótimas candidatas a distâncias astronomicamente pequenas de nós. Vale lembrar que muitas estrelas idênticas ao Sol não se encontram listadas, por estarem mais longe.